Cada dia que passa, estou mais satisfeita por ter trocado as séries do Netflix pelos bons livros que venho lendo! O último foi Daytripper – 249 páginas – Fábio Moon
e Gabriel Bá – Panini Books: meu primeiro livro de história em quadrinhos;
retrata a efemeridade da vida, o significado de existir, do ser, do estar, do
labor e do lar. Admito que eu era uma pessoa um pouco preconceituosa em relação
a história em quadrinhos, tipo “uma jovem, universitária, que trabalha e etc,
lendo história em quadrinhos, fala sério!”
hoje, quero gritar: LIBERTEM-SE DE ESTEREÓTIPOS E PRECONCEITOS! Agradeço
profundamente a Raquel Vasconcelos e ao César Augusto pela
dica; que a vida continue nos permitindo dar e receber o bem que temos dentro
de nós.
achei a leitura bastante leve e agradável, dei uma paradinha no livro que
atualmente estou lendo (O Sol é para todos – Harper Lee) e li Daytripper de
cabo a rabo em menos de quatro horas, assim que cheguei em casa da Livraria
Cultura. O livro traz uma perspectiva um pouco diferente dos livros
convencionais. Enquanto estes são mais densos, mais textuais, uma história em
quadrinhos é mais visual e um tanto breve. Bom para quem não tem o hábito de
ler, ou para aqueles que se cansam rapidamente lendo (digo isso com todo
respeito, claro). No entanto, se por um lado a leitura é bem leve, as histórias
do livro são bastante introspectivas (são várias pequenas histórias dentro do
mesmo contexto), quase uma meditação sobre o valor que damos à vida.
os autores Fábio Moon e Gabriel Bá são irmãos gêmeos (entrem no blog deles!), nascidos
no estado de São Paulo; a dupla já ganhou várias premiações internacionais,
foram os primeiros brasileiros a ganharem o prêmio Eisner em quadrinhos
(principal prêmio da história em quadrinhos). É uma pena eles serem mais
conhecidos lá fora do que em seu próprio país. Daytripper foi lançado primeiro
no exterior, sendo posteriormente traduzido para o português (inclusive na
Livraria Cultura tem a edição original em inglês – fica a dica para quem manja
da língua, leia-se: inveja branca). É algo a se questionar. Talentos do nosso
próprio país fazendo mais sucesso lá fora? A velha história de que brasileiro
não valoriza o que é seu. A obra não é só brasileira, como também se passa no Brasil;
o livro guarda relação com a obra Memórias Póstumas de Brás Cuba, de Machado de Assis; nunca li, mas já entrou na
minha lista. Vale muito a pena a leitura! A vida é breve demais pra não se emocionar
com bons livros. Nota: 9,5.
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