Indo na contra-mão de qualquer estereótipo (isso não leva a nada, vá por mim), este blog é meu espaço para dar vazão a pensamentos sobre três coisas que deixam minha vida mais prazerosa e suportável - filmes, livros e vinhos.
sábado, 5 de setembro de 2015
acabei de voltar do cinema do Dragão, dessa vez vi Frances Ha. um filme muito bom, identifiquei-me bastante com a personagem principal. a questão toda, pra mim, girou em torno de como a maioria das pessoas se lamentam quando estão sozinhas. almoçar, ir para um rodízio de pizza, viajar, beber cerveja, ver um bom filme.. que mal tem em fazer essas coisas sozinho(a)? tais atitudes são vistas pelo senso comum como insuficientes ou incompletas (muitos dizem "coitado, não tem amigos" ou "valha, que depressivo"); acreditam que a maioria das ações só alcançam seu êxito quando feitas por dois ou mais indivíduos. será que me fiz entender? espero que sim! a personagem principal, Frances, tem características bastante originais e se, por lado, é MUITO ligada à sua melhor amiga Sophie, por outro lado encara sozinha com muita espontaneidade os desafios que lhes são apresentados; é totalmente possuidora da sua própria vida, e isso requer uma coragem do caramba! ninguém nasce grudado a ninguém (a não ser os gêmeos siameses), nem morre grudado a ninguém. a verdade é que esta é a nossa vida e se nós não a vivermos, ninguém a viverá por nós. ninguém tomará as decisões mais difíceis por nós, ninguém fará escolhas em nosso lugar. o filme me fez entender que devemos tomar posse do que é nosso e de mais ninguém, reconhecer nosso potencial e nossa fraqueza, conhecer os próprios limites e tudo aquilo que podemos realizar; e correr atrás (ou ficar parado, quem decide somos nós). somente nós podemos, primeiramente, adicionar ou retirar qualidade em nossa própria vida. mais ninguém.
(desses filmes que nos fazem sair da sala de cinema mais leve de quando entramos..)
Nota: 9.
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