quinta-feira, 24 de novembro de 2016


Não existem palavras que consigam descrever dignamente o filme “Tempo de Despertar”. Afirmo isto desde logo para não me embrenhar em uma missão que muito provavelmente restaria frustrada. No entanto, aqui vos escrevo, com a teimosia que me é inerente. 


Robert De Niro está espetacular neste filme, como em todos os outros em que atuou. Se ainda me restava dúvida, agora não há mais: ele é meu ator preferido. A intensidade de sua atuação faz-me esquecer que estou a ver um filme, pareço estar vivendo um momento real com ele - quem me dera! Sem contar com o ilustre e já falecido Robin Williams, outro ator espetacular e muito especial. Esta dupla de atores já faz valer a pena assistir ao filme.
Sim, eu chorei vendo o filme, talvez nem todo mundo chore; mas quando rola aquela conexão vida real X ficção, aí o coração não perdoa. Terminei o filme revigorada e com as esperanças renovadas. Nós podemos sim fazer a diferença na vida das pessoas. O filme mostra um pouco disso. Do potencial que cada um de nós temos de ajudar alguém, de trabalhar na construção de um mundo melhor. E quando digo “mundo melhor” não falo em termos megalomaníacos. Falo da simplicidade do dia a dia, daquele trabalho automático executado quase sempre de forma inconsciente ou daquele trabalho subestimado, de tão “besta” que é. Sim, podemos transformar o mundo (ou a vida de alguém) através do nosso trabalho.
O filme também aborda a questão das relações humanas no processo de enfrentamento/superação dos problemas/limitações. O calor humano, o afeto, a atenção e o zelo são valores universais que nunca saem de moda. Isto porque são inerentes à nossa espécie. E enquanto formos o que somos (seres humanos, por excelência), acredito que teremos uma vida melhor se cultivarmos tais valores (dentre outros), mesmo que a sociedade de hoje queira nos fazer acreditar no contrário. O espírito humano é mais forte do que qualquer remédio. Cura qualquer “desgraça” que possa nos acometer. É também isto que o filme quer passar.
Enfim, é um convite a recomeçar. A reacreditar. A renovar a fé em si e no outro.


Nota: 10 com louvor!

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