Não existem palavras que consigam descrever dignamente o
filme “Tempo de Despertar”. Afirmo isto desde logo para não me embrenhar em uma
missão que muito provavelmente restaria frustrada. No entanto, aqui vos
escrevo, com a teimosia que me é inerente.
Robert De Niro está espetacular neste
filme, como em todos os outros em que atuou. Se ainda me restava dúvida, agora
não há mais: ele é meu ator preferido. A intensidade de sua atuação faz-me
esquecer que estou a ver um filme, pareço estar vivendo um momento real com ele
- quem me dera! Sem contar com o ilustre e já falecido Robin Williams, outro
ator espetacular e muito especial. Esta dupla de atores já faz valer a pena
assistir ao filme.
Sim, eu chorei vendo o filme, talvez nem todo mundo chore;
mas quando rola aquela conexão vida real X ficção, aí o coração não perdoa.
Terminei o filme revigorada e com as esperanças renovadas. Nós podemos sim
fazer a diferença na vida das pessoas. O filme mostra um pouco disso. Do potencial
que cada um de nós temos de ajudar alguém, de trabalhar na construção de um
mundo melhor. E quando digo “mundo melhor” não falo em termos megalomaníacos.
Falo da simplicidade do dia a dia, daquele trabalho automático executado quase
sempre de forma inconsciente ou daquele trabalho subestimado, de tão “besta”
que é. Sim, podemos transformar o mundo (ou a vida de alguém) através do nosso
trabalho.
O filme também aborda a questão das relações humanas no
processo de enfrentamento/superação dos problemas/limitações. O calor humano, o
afeto, a atenção e o zelo são valores universais que nunca saem de moda. Isto porque
são inerentes à nossa espécie. E enquanto formos o que somos (seres humanos,
por excelência), acredito que teremos uma vida melhor se cultivarmos tais
valores (dentre outros), mesmo que a sociedade de hoje queira nos fazer
acreditar no contrário. O espírito humano é mais forte do que qualquer remédio.
Cura qualquer “desgraça” que possa nos acometer. É também isto que o filme quer
passar.
Enfim, é um convite a recomeçar. A reacreditar. A renovar a
fé em si e no outro.
Nota: 10 com louvor!
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